Cenário da doação no Brasil
Dados da Pesquisa Doação Brasil 2020, coordenada pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (Idis) e realizada pela Ipsos, demonstrou que, entre 2015 e 2020, o percentual de doadores de todos os tipos (dinheiro, bens e trabalho voluntário) caiu. Enquanto em 2015, 77% da população havia feito algum tipo de doação, em 2020, o percentual ficou em 66%. Quando se trata de doação em dinheiro, a proporção caiu de 52% para 41%. E no caso de doações para organizações/iniciativas socioambientais, a redução foi de 46% para 37%. O estudo atribui a queda à prolongada crise social e econômica enfrentada no Brasil nesse período.
Esses números despertam um alerta para a necessidade da continuidade das discussões e medidas de impacto social.
Por outro lado, o conceito de que a doação faz bem para o doador cresceu significativamente, de 81% para 91% da população. Além disso, 84% dos brasileiros acreditam que pessoas comuns têm algum grau de responsabilidade pela solução dos problemas sociais e ambientais do país. Em 2015, esse percentual era de 61%. Diante desse levantamento, é possível inferir que o originou de um processo de tomada de consciência sobre o papel e o poder do cidadão diante das necessidades da sociedade.
Entre as regiões do país, o Nordeste apresenta o maior percentual de doadores: 40%, seguido pelo Sudeste e pelo Norte com 39% e 38%, respectivamente.
Quando o assunto é causa, os gráficos mostram que quase um terço dos brasileiros (31%) se sente motivado a doar para o combate à fome e à pobreza. Essa preferência tão grande por uma causa reflete, muito provavelmente, a preocupação da sociedade com o processo de fragilização social e financeira que levou muitas famílias à pobreza.
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